Apesar de ter apenas 21 anos, a estudante de Ciências Sociais Maria Eduarda Klein Kulmann já demonstra possuir domínio sobre um amplo espectro de temas, sobretudo os relativos a problemas existenciais. Assinando como Duda Klein, como é conhecida entre os amigos e na Unisinos, ela lançará dia 18, às 17 horas, no mezanino da Casa de Cultura Mário Quintana, “Certezas Perecíveis”, seu primeiro livro.
A depressão, doença que vem assolando as gerações recentes e, mais marcadamente, a sua própria, é tema recorrente entre seus poemas. Justo Duda, em cujas fotos na rede social Facebook aparece sempre sorridente. O sorriso, para ela, é como uma máscara: “Não somos nada / Somos um grão de areia / Pairando em uma imensidão / De grandiosidades”.
Duda não titula seus escritos, que também podem ser em prosa poética: “Crianças sempre foram a única coisa que me dava um pouquinho de esperança. Elas eram fofas, filhotes. Era agradável observá-las. Elas ainda tinham um pouco de possibilidade, sabe? Elas não acreditavam que tudo iria dar errado”, escreve ela, precocemente desesperançada.
No decorrer das 52 páginas, nota-se influências de Chuck Palahniuk e Ernest Hemingway, de quem a autora se declara admiradora. O escritor Maurício Paz, que assina o prefácio, também enxerga traços de Silvia Plath no trabalho de Duda, que foi produzido pela Farol 3 Editores. A Paz, seu melhor amigo, a autora dedica o livro, agradecida pelo estímulo em concebê-lo.